quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Acabou o sonho,

mas ainda tem pão doce.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Lágrimas

Entrou em casa apressadamente; bateu a porta atrás de si e trancou-se.
Pôs-se a chorar.
Suas lágrimas escorriam pela face, formando traços que iam-se por todas as direções da pele. Lágrimas pingavam, incessantemente, fazendo brotar entre as mãos um vale de dor. A chuva era contínua; gritos eram trovões; os olhos, como nuvens, arremessavam pingos do alto.
Já era tarde e continuava a chover-se. O temporal inundara o vale e fizera-o transbordar, molhando todo corpo agora desidratado. Toda água havia sido sugada; minou cada célula miúda; ressecou cada simples poro; fez isso a cada centímetro do corpo, que rapidamente bebeu a torrente transformando o momento em ciclo; enquanto a vida se esvaía pelos olhos, cada molécula dançava, entrando e saindo do corpo; seguiam a via corpo-poros. A fonte era inesgotável. Cada lágrima uma dor e cada dor uma sentença.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Fotossíntese

Então você é Sol,
transmitindo luminosidade
até os recônditos de minh'alma
e fazendo-me girar ao seu redor,
captando cada partícula de sua energia
e transformando-a em alimento.

Pois nesse momento sou planta,
um pequeno ser,
tão diminuto,
com seiva escorrendo fundo;
um simples ponto de vida
ao redor do mundo.

Mas tu és Sol...
A grande estrela que brilha;
e eu sou planta...
A pequena criatura faminta
que celebra cada dia
tua luz forte que me alumia.