Perdi meu quê,
o que eu tinha de bom.
Mas, agora vou devagar,
colhendo grão por grão,
de flor em flor,
montando o que fui
e o que agora sou,
fazendo de mim nova,
desenhando meu novo eu.
Não sou completa,
mas cheguei a uma conclusão:
ser completa é relativo !
Eu posso só sentir metade,
mas, por quê gritar ?
Eu posso sentir !
Mas aí, quando a porta bater
e a felicidade se for,
estranhamente sentirei o nada,
que, como um amante traído,
volta enfurecido
e se reflete em mim.
É, ser completa é relativo...
e ser feliz também !
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