sábado, 31 de outubro de 2009

Prisão

Hoje
me sinto diferente
de ontem.
Penso nisso
e no amanhã
que se esconde
por entre sonhos pisados,
esmagados pelo gigante desconfiante
que se apoderou de mim
no instante em que eu era feliz.
Por entre tijolos quebrados
do meu muro estilhaçado,
vejo a vida passar
enquanto assisto acorrentado
pensando numa forma de escapar.
E o gigante ri
da minha falta de sorte,
dizendo que não sou forte
me deixando apenas
com míseros versos tortos
que, como eu, estão por acabar.

Nenhum comentário: