domingo, 20 de dezembro de 2009

Arrebentação

Ela olhou-se no espelho e sentiu uma grande repulsa crescendo dentro de si. Afinal, por que esse estranho sentimento estava (ainda) impregnado ali ?
Jogou água em seu rosto. Uma, duas, três vezes: não passou. Pensou em correr. Correu, correu, correu - assim seus pensamentos estariam voltados para outro lugar - , em vão. O que conseguiu foi acabar com os pés. Então foi pro mar, jorrar toda sua dor física e psicológica. Sentiu certa familiaridade com o mar: revolto, estressado. Deixou seu rio transbordar e desaguar no mar; suas mãos caírem sobre a areia, para fundirem-se; seus pensamentos voarem livres, carregados pelo vento; mas fitava o horizonte ao longe, imaginando como aquela linha tão singela unia duas grandezas únicas

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