segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Perene

Vaguei tanto tempo procurando luz enquanto tinha apenas sombra. Vi no escuro durante longo tempo. Não que não veja o escuro agora. Mas a sombra tornou-se penumbra.
Procuro algo para me apoiar...


Se oferece ?


Não. Criei meu próprio cajado e agora ninguém pode roubá-lo de mim. Rios rolavam sobre mim, tomavam todo meu corpo e encharcavam minhas roupas. Faz parte de mim, de quem sou.
O tempo passa e não vejo, apenas sinto seus efeitos. Agora tenho cicatrizes horrorosas em cada centímetro de minha pele. As pessoas olham para elas, não conseguem desviar seu olhar, como se meus ferimentos fossem incomuns. Não espero nenhum entendimento de alguma parte, deveras, não pode haver sentimento onde há frieza.



E o meu sentimento...





perene.

Um comentário:

r. disse...

no fim as feridas fecham e as cicatrizes sempre aparecem...